Aesmite
Eis-mi-te
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A ilustração do continente de Aesmite está passando por uma revisão para que possamos ajustar os erros encontrados na formação dos rios e acrescentar as informações que estão faltando.
Sendo o segundo continente mais próximo do Olho do Vazio, Aesmite é desértico de oeste até o centro leste, restando parte do leste para relembrar a época verdejante.
As cidades de Aesmite carregam uma pluralidade de raças, vindas tanto dos continentes de Orna Menor quanto de Mazarot, além de comerciantes do mundo inteiro em busca de fazer negócios, principalmente pelas pedras de adenista. Nesse contexto, as cidades se moldaram para abrigar tanto os humanos e outras raças quanto o povo local, que tem vulnerabilidade ao frio e precisam da ajuda do ambiente para melhor regular sua temperatura.
De longe é possível avistar as torres solares e os altos muros das cidades do continente de Aesmite. As torres sequestram a luz solar com seus espelhos, levando-a aos bairros residenciais. Os muros, circundando as construções, se estendem em sua maior parte do leste ao oeste, adquirindo um formato de um decágono achatado, com pouca extensão de norte a sul, para que possam quebrar os fortes ventos anômalos que sopram de leste para oeste. Nas paredes ao norte, muros permeáveis e janelões de vidro disputam espaço, subindo da meia altura até o topo, enquanto que ao sul os muros permeáveis se estendem sozinhos, permitindo uma circulação mais branda do vento.
Dentro dos muros, as casas e outras construções se aninham próximas umas das outras, criando becos e ruelas, como uma medina. Devido à altura e proximidade das construções, além do design, as ruas são tomadas pelas sombras das construções e por uma brisa leve. Entretanto, as construções desfrutam de amplos salões e contam com a ajuda das torres solares para minimizar as sombras nas áreas internas, as mantendo aquecidas. Dessa forma, as paredes em adobe, bem como outras técnicas empregadas na retenção de calor, podem garantir uma boa temperatura ao cair da noite.
Os salões abrigam tanto as casas dos povos locais como também são conectados e servem de passagem para eles, que gostam das altas temperaturas internas. Dessa forma, enquanto as outras raças caminham nas ruelas amenas, os cidadãos locais costumam caminhar por entre as construões. Os salões abertos podem ser vistos como terrenos, ficando os portões destes livres para circulação pública durante o dia. Dentro desses muros se encontram cômodos como quartos, banheiro, cozinha e salas de estar, mas apenas os quartos e banheiros são cobertos, carregando jardins suspensos acima de seu teto, enquanto que os outros são abertos no teto e com paredes com enormes janelões para evitar sombras.
Enquanto dentro dos muros se escondem a população, do lado de fora estão os alquimistas exploradores e federais, buscando reconquistar aquelas terras frente às quimeras impossíveis de serem domesticadas.
Os alquimsitas federais, através de investimentos das fortalezas, montam bases fora das cidades que contam com alquimistas exploradores para averiguar e conseguir recursos da região. Assim, à medida que os acampamentos avançam, cria-se um zona segura que vem permitindo um fluxo de pessoas fora das fortalezas.
A cultura de Aesmite tem suas raízes na luta pela sobrevivência e anseio pela volta à superfície durante a Grande Devastação, quando os povos se refugiaram nas cavernas das montanhas e colinas do oeste e nos platôs e colinas do centro.
Para garantir a sobrevivência da espécie e diversidade genética, adotaram uma prática incomum: cada mulher deveria ter filhos de pais diferentes, enquanto os pais se dedicavam exclusivamente à educação e ao desenvolvimento de habilidades de seus filhos até os 15 anos de idade.
Essa prática moldou a sociedade de Aesmite, estabelecendo a mulher como figura familiar central e criando uma forte competição entre elas. Com o tempo, a regra passou a ser seguida como uma tradição cultural, mesmo após a Grande Devastação.
Com o estabelecimento das cidades, as mulheres continuaram a liderar as famílias e também passaram a utilizar suas habilidades para dominar o universo dos negócios, enquanto os homens mantiveram seu papel de desenvolver habilidades manuais e passá-las aos filhos. A educação das meninas também se tornou um foco, com as mães ensinando suas filhas a gerenciar uma família e a lidar com a complexa sociedade de Aesmite desde cedo.
É comum a presença de escravos em Aesmite, mas essa pode ocorrer de duas maneiras: escravidão penal e escravidão permanente.
Dívidas ou pequenos furtos acarretam em escravidão penal, que tem um tempo determinado, dando a oportunidade do cidadão voltar em liberdade após cumprir sua pena como escravo.
Prisioneiros de guerra ou crimes graves acarretam em escravidão permanente, que coloca o escravo nessa condição permanentemente, podendo inclusive, ao contrário do penal, ser vendido ou trocado. Esse tipo de escravo costuma ser tratado com severidade, sendo o desejo de seus donos que sofram como punição pelo que fizeram.
É comum encontrar povos de Mazarot, em sua maioria otrokanos, na situação de escravo, pois esses acabam furtando ou se endividando para tentar sobreviver no continente e acabam nessas condições.
A rica cultura de Aesmite se reflete em suas diversas tradições artísticas e festivais, que celebram a história e a resiliência do povo.
Este é uma celebração da resistência em Aesmite, que homenageia os heróis e ancestrais que desafiaram os deuses após a Grande Devastação. Durante a semana, cidades e vilarejos são iluminados com velas coloridas em suas portas, simbolizando a força e resiliência do povo. Contam-se histórias de heróis lendários, e por fim, no ultimo dia ocorre uma procissão onde cada morador, segurando uma vela, percorre as ruas até a entrada de uma caverna, culminando em uma grande fogueira para representar a união e a determinação coletiva de enfrentar os deuses e proteger o futuro de Aesmite.
O Festival das Mães é uma celebração de 3 dias na cultura aesmite que homenageia as mulheres e suas habilidades de gerenciamento e liderança familiar. Durante o evento, mulheres que ainda não são líderes de suas famílias competem na arte de tecer e vender tapetes coloridos e intricados, demonstrando suas habilidades de negociação e vendas. A cidade se enche de cores e atividades, com tendas montadas nas praças e mercados, enquanto no último dia, as vencedoras são reconhecidas e homenageadas, consideradas prontas para assumir o papel de líderes familiares.
Com a fundação de cidades e a transição para um ambiente urbano, a cultura de Aesmite passou por mudanças significativas. Com o tempo a política se dividiu entre progressistas, que buscavam igualdade nas relações, seja permitindo que os homens também se relacionassem com várias mulheres ou defendendo relacionamentos monogâmicos, e conservadores, que desejavam manter a mulher como figura central e a tradição dos relacionamentos polígamos.
Essa divisão política criou uma sociedade complexa e multifacetada, com rivalidades e alianças tanto no cenário político quanto no pessoal. A competição entre as mulheres de Aesmite se intensificou, já que a estrutura social permitia que um homem só se relacionasse com uma mulher, enquanto uma mulher poderia ter vários maridos.
Os povos em Aesmite se baseia na crença de que os deuses foram responsáveis pela abertura da fenda e pela Grande Devastação, resultando em um profundo rancor em relação a essas divindades. Nesse contexto, eles se enxergam como guerreiros que lutam para superar as divindades em busca justiça. Em vez de adorar o panteão divino, eles honram heróis e ancestrais que enfrentaram e venceram desafios divinos, desafiando a autoridade dos deuses.
As tradições e mitos aesmite são repletos de histórias onde heróis enfrentam provações divinas, demonstrando coragem e força. Cerimônias e rituais religiosos focam na busca por sabedoria e força interior, capacitando os indivíduos a superar adversidades e resistir às injustiças perpetradas pelos deuses.
Os locais sagrados em Aesmite são associados a eventos e batalhas importantes onde heróis triunfaram sobre as forças divinas. Esses lugares servem como pontos de encontro comunitários, onde as pessoas compartilham histórias de resistência e perseverança, reafirmando seu compromisso coletivo de lutar pela justiça e se erguer contra a opressão divina.
A educação em Aesmite é uma fusão de tradição, sobrevivência e adaptabilidade. Caracterizada por um forte foco na prática e na experiência do mundo real, ela é moldada pelo terreno desafiador e pela resiliência cultural de seu povo.
Desde a infância, as crianças aprendem habilidades de sobrevivência com seus pais, indo desde auto suficiência na culinária até sobrevivência no deserto, enquanto as mães ensinam artesanato, os princípios da religião e os costumes culturais. Tais habilidades práticas são necessárias para a vida cotidiana em Aesmite, um ambiente onde a autosuficiência é vital para a sobrevivência.
Se tratando de um menino, ele passa a acompanhar seu pai em sua jornada de trabalho para que entenda o básico de sua profissão. Aos quinze anos de idade ele passa pelo rito de passagem, onde pode decidir, durante os próximos dois anos: seguir os passos do pai, buscar mentoria com um dos outros maridos de sua mãe ou, se tiver condições financeiras, entrar para uma escola de ensino avançado. Da mesma forma, quando nasce uma menina, algo que não acontece corriqueiramente, ela acompanha sua mãe em sua jornada, adquirindo habilidades gerenciais, políticas e comerciais. As meninas, aos seus quinze anos, especializam seu artesanato na tapeçaria e se preparam para o Festival das Mães, começando a atrair seus pretendentes e negociar a partir de uma participação bem sucedida.
Os livros são escassos e caros em Aesmite, mas as cidades contam com bibliotecas públicas peculiares, chamadas de "florestas do conhecimento". Estas são coleções de pedras altas, cada uma gravada com informações essenciais e concisas. Embora as florestas possam ser difíceis de navegar para os iniciantes devido à sua natureza direta e resumida, a mentoria desempenha um papel crucial em torná-las acessíveis. Os mentores, munidos de conhecimento prévio, guiam seus pupilos através destas florestas de conhecimento, tornando-as uma ferramenta de aprendizado inestimável.