Cicatriz de Aesmite
A lenda da Cicatriz de Aesmite começou em uma época de prisão e escuridão, quando o povo de Aesmite buscava abrigo em cavernas para sobreviver à radiação da Grande Devastação. Nas profundezas da terra, a esperança e a resiliência se tornaram a base de sua existência. O desejo de liberdade era tão forte quanto as pedras que os cercavam, e eles se expunham ocasionalmente à radiação para testemunhar a mudança do mundo exterior.
Entre eles, uma guerreira chamada Aesmite emergiu como um símbolo de resistência. Ela tinha perdido seus dois filhos em um tremor de terra, e sua dor foi transformada em determinação. Foi ela quem ousou desafiar os deuses e sair ao encontro do desconhecido.
Os anciãos contam que, algum tempo após a partida de Aesmite, a chuva caiu pela primeira vez desde a Grande Devastação. "Ela feriu os céus", sussurravam, maravilhados e incrédulos. Pouco depois, a terra tremeu novamente, mais intensamente desta vez, e as águas do mar invadiram a terra seca. Surgiram rumores de uma batalha feroz entre Aesmite e os deuses, uma luta pela libertação do povo e a vingança pelos seus filhos perdidos.
Dias depois, a calmaria retornou, e a próxima geração de exploradores foi enviada ao exterior. Eles voltaram com notícias surpreendentes: o deus do sol branco, a Íris de Oak, tinha desaparecido. A primeira celebração do Festival da Luz foi realizada, e aquelas terras foram nomeadas em homenagem à guerreira corajosa: Aesmite.
A oeste do recém-nomeado continente de Aesmite, os exploradores encontraram um rastro de destruição que se estendia do norte ao sul, cortando areia e rocha sem distinção. Essa falha geológica se tornou a prova física da batalha épica, um lembrete permanente da coragem e resistência do povo de Aesmite. Esta marca indelével ficou conhecida como a Cicatriz de Aesmite, a testemunha silenciosa da coragem de uma mãe e de um povo disposto a lutar pela liberdade.
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