Grande Devastação

Os humanos viviam seu cotidiano focado em seus problemas e afazeres, até que uma misteriosa fenda abriu-se no céu e dela deu pra ver as estrelas nitidamente, como se tivesse rasgado um lençol que cobria o planeta. As estrelas, normalmente um espetáculo noturno, brilhavam agora no céu, através da fenda, durante o dia.

Por um tempo todos ficaram assustados, porém admirando até que um segundo sol, branco e onipotente, foi surgindo por entre a fenda e deu origem às mutações: pessoas e animais sofreram transformações severas, indo desde tumores gigantes até membros adicionais ou perda destes.

Passaram a chamar o evento de "A Grande Devastação" e a fenda de "O olho do vazio", pois seu formato se assemelhava a um olho onde os humanos enxergavam o universo escuro, gélido e estrelado.

Durante o período em que o sol branco - íris de Oak - estava assistindo aos humanos de Mazarot e Aesmite, esses foram obrigados a viverem no subsolo. Culturas e tradições foram moldadas com o passar do tempo enquanto viviam embaixo da terra. Na superfície, a vida também lutava, se adaptando constantemente tanto à radiação constante quanto às mudanças climáticas.

Quando voltaram à superfície, após o sol branco ter desaparecido da fenda, havia ocorrido o processo de desertificação e com o passar do tempo a explorando, encontraram formações rochosas que convertia a radiação em uma energia jamais vista, que chamaram de Energia Filosofal.

Mas as explorações eram sempre perigosas, pois ainda que muitos animais morreram na Grande Devastação, outros haviam conseguido se adaptar e utilizar as mutações a seu favor, passando e aprimorando de geração em geração, ficando conhecidos como quimeras.

Artesãos habilidosos passaram a projetar ferramentas, a partir da energia filosofal, para permitir enfrentar as quimeras. Cada artesão fazia suas próprias engenhocas, mas com o tempo ocorreu uma padronização dessas ferramentas, tornando-se exoesqueletos e próteses substitutas que aumentavam as capacidades físicas para permitir explorações e outras atividades de maneira ainda mais eficiente.

Sendo a exploração a atividade mais importante daquela sociedade pós apocalíptica e estando a oferta das ferramentas para uma exploração mais segura e eficiente concentrada nas mãos dos artesões, essa classe ganhou poder e influência se tornando a elite do novo mundo.

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