Mazarot
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A ilustração do continente de Mazarot está passando por revisão para que possamos ajustar os erros encontrados na formação dos rios.
Conhecida como o celeiro das bestas e da magia, Mazarot é o continente mais próximo do Olho do Vazio. Durante a Grande Devastação o continente foi exposto à maior parte da radiação e consequentemente deu origem às criaturas mais imprevisíveis e fortes. Também é devido a isso que esse continente possui a maior reserva natural de energia filosofal.
Se engana quem pensa que as cavernas são como grutas selvagens. As cidades-cavernas de Mazarot são esculpidas até se tornarem imensos salões cobertos por cerâmicas e jóias. Nos mais diversos salões é possível encontrar jardins de Samambaias e Sansevierias, estufas para cultivo de plantas comestíveis e frutíferas, estátuas colossais, fontes termais, dutos de ventilação, entre outros...
As cidades são divididas em níveis:
Recepção - Nível 1 - abriga sistemas de defesas como labirintos e armadilhas conhecidos apenas pelos habitantes da cidade para proteger de quimeras ou estrangeiros.
Mercado - Nível 2 - o comércio entre os habitantes acontece num enorme salão conhecido como o Mercado Central, onde é possível encontrar desde recursos até prestação de serviços.
Comunidade - Nível 3 - abaixo do mercado central se concentram enormes salões dedicados às comunidades, ficando ali os aposentos, escolas, hortas e outras coisas.
Santuário - Nível 4 - considerado um nível de acesso, o santuário é um salão mais rústico, sem acabamentos, repleto de cristais e fontes termais naturais. Esse nível dá acesso aos salões dos deuses Oak e Andra.
Garganta de Oak - Nível 4.1 - esse é o salão do deus Oak, onde acontece a mineração pelos servos de Oak bem como reuniões das lideranças das comunidades.
Ventre de Andra - Nível 4.2 - a concepção dos filhos e filhas das cavernas acontece em salas bastante ornamentadas e defumadas, que oferecem todo um ambiente propício para que os jovens se relacionem.
As cavernas de Mazarot estão organizadas de maneira bastante peculiar. Os aposentos são escavados nas paredes de grandes salões, distribuídos tanto verticalmente quanto horizontalmente. O acesso a esses aposentos é feito através de uma rede complexa de escadas e passarelas, criando um fascinante labirinto de vida e atividade.
O centro da vida comunitária é o vasto salão, um espaço de encontro que serve a vários propósitos. Este salão é dividido em várias seções, incluindo a cozinha comunitária, áreas de lazer, espaços de armazenamento, salas de recuperação e salas de aula. Uma equipe é designada a cada semana para cuidar das tarefas de limpeza e cozinhar para a comunidade. Este trabalho comunitário é uma tradição antiga, ligada à veneração dos deuses Oak e Andra, divindades do trabalho e da fertilidade, respectivamente.
Mesmo os aposentos mais luxuosos, com mais espaço e algumas comodidades adicionais, não se distanciam desse estilo de vida comunitário. Os ocupantes desses espaços participam viementemente das tarefas comunitárias e contribuem para o bem-estar coletivo, mantendo vivas as tradições de Mazarot.
Apesar da organização social da humanidade antes da Grande Devastação, os povos que se abrigaram em Mazarot não conseguiram mais voltar a viver na superfície. Além das criaturas e o clima agressivo, eles também haviam desenvolvido o hábito e tecnologias suficientes para viver nas cavernas.
As crianças são consideradas filhos e filhas das cavernas, sendo criadas pela creche da comunidade local. Após o período de amamentação, as mães cedem as crianças para que a comunidade criem elas, quebrando o laço familiar. Nesse processo de criação, nem a mãe e nem o filho conseguem e nem devem se reconhecer, tornando cada criança filha de toda a comunidade.
Por não saberem quem são seus pais e nem suas origens, algumas vezes acontece de irmãos ou linhagens próximas de relacionarem, ocasionando em crianças com deformações. As crianças deformadas, bem como adultos que se tornaram incapacitados e os mortos, cumprem um ritual em que percorrem o Labirinto de Andra acompanhados pelos servos da deusa e são jogados ao Mar Violeta.
O povo de Mazarot cultuam dois deuses, sendo eles Oak e Andra. Oak é o deus da coragem e do trabalho, enquanto que Andra é da justiça e da fertilidade.
Apesar da Grande Devastação ter sido um evento dizimador, o povo de Mazarot tem a crença de que o deus Oak estava insatisfeito com eles e resolveu abrir seu olho e assim, através da fenda, apresentar-se para que o fizesse ser visto e temido. Andra, compactuando com seu irmão, anualmente decidiu se fazer visível também na fenda, trazendo consigo grandes tempestades e inundações.
As quimeras foram domesticadas ao ponto dos cidadãos de classe média e elite sentirem-se completos somente ao terem uma, as considerando como membro da família e tendo salas próprias para elas dentro de seus aposentos, tendo elas, inclusive, ganhado estátuas por toda parte.
Em Mazarot, as cidades-cavernas abrigam um sistema educacional único, tão firme e resistente quanto as pedras que as circundam. O ensino aqui se entrelaça profundamente com a prática, a competição e a comunidade, moldando os cidadãos a partir de suas primeiras memórias de aprendizado.
O começo da jornada educacional é marcado pela fase denominada Arte do Corpo, onde o aprendizado prático é o protagonista. As crianças são introduzidas à energia filosofal, ensinadas a cuidar de Quimeras, explorar as cavernas e a se defenderem. Através das competições desportivas, essas habilidades são cultivadas, forjando uma ligação indelével entre aprendizado e diversão. Ligas juvenis são formadas, incentivando competições que impulsionam o aprendizado.
Conforme esses jovens cidadãos crescem, suas habilidades e conhecimentos se tornam fundamental para destacá-los. A Avaliação acontece por meio da Classificação, onde determina o destino de cada aluno. É aqui que o futuro deles começa a tomar forma - aqueles que se destacam em determinadas áreas ganham o direito de escolher seguir elas ou qualquer outra de sua escolha. Aos restantes, são designadas as profissões com demanda na comunidade, com pouco ou nenhum direito de escolha.
O próximo estágio é a Arte da Montanha. Aqui, os alunos mergulham profundamente no campo teórico e formam times com tutores especializados na área a que está se especializando.
Os , adaptados à sua vida única e desafiadora em cidades subterrâneas, cultivaram uma comunidade forte e interconectada, onde cada membro contribui para o bem-estar de todos. Nesse cenário, a importância de um aposento individual é minimizada. Seu uso é limitado a fornecer um espaço privado para dormir e armazenar pertences pessoais.