Era dos Homúnculos

Homúnculo Carbono sendo criado - ilustrado por Caio Santos

Com a ascensão dos Exoesqueletos, os povos de Aesmite descobriram novos horizontes, levando-os para as profundezas do desconhecido. Ainda assim, apesar das inovações e melhorias tecnológicas, os exoesqueletos tinham seus limites. Eles eram robustos, mas inflexíveis, poderosos, mas desajeitados. Embora abrissem caminhos até então intransponíveis, os perigos enfrentados pelos exploradores ainda resultavam em um número significativo de baixas.

Nesse cenário emergiu a cidade de Cayres, um farol de progresso no vasto continente de Aesmite. Seus cidadãos, visionários e audaciosos, não se contentavam em seguir o ritmo do mundo - eles almejavam conduzi-lo. Foi em Cayres que uma nova inovação transformadora veio à luz: os Homúnculos.

Essas criaturas semi-inteligentes eram uma mistura de ciência, magia e alquimia, moldadas em sua maior parte por um único elemento químico para garantir uma comunicação eficiente. Sintonizados na frequência específica do cristal de adenistio, os Homúnculos eram capazes de receber e executar comandos complexos, reduzindo as perdas humanas na exploração das zonas mais perigosas.

A Era dos Homúnculos se iniciou, trazendo profundas mudanças sociais. Artesãos que não se adaptaram à nova realidade foram deixados para trás, e os exoesqueletos, uma vez ferramentas de exploração, tornaram-se brinquedos de torneios de luta na cidade. A alquimia ascendeu como um poderoso campo de conhecimento, com os alquimistas se dividindo em duas classes distintas: os Alquimistas Federais, que estabeleciam acampamentos quase do tamanho de vilas fora das cidades, e os Alquimistas Exploradores, que faziam parte das forças especiais de exploração de cada acampamento.

Os Alquimistas Federais, com seu prestígio crescente, alcançaram uma posição de influência equivalente à das Guilda dos Comerciantes. Fazendo lobby junto aos reis, eles conseguiram investimentos para levar as bandeiras de suas cidades por todo o continente de Aesmite. Como resultado, as cidades, que antes eram fortalezas confinadas por suas muralhas, expandiram seus territórios. Alquimistas Exploradores povoavam as regiões exteriores das cidades, trazendo vida e progresso à face pálida e desértica de Aesmite.