Roderim

Acolhida acidentalmente pelo povo de Adenista e acolhendo os fugitivos de Otrokar, Roderim é a cidade-caverna caçula de Mazarot.

Durante uma das grandes peregrinações de Adenista, a natureza acuou os peregrinos até as montanhas do nordeste de Mazarot, que perdidos não conseguiram completar o rito de passagem pelo Labirinto de Andra. Na ocasião, estavam guiando Roderim, que havia sido morto misteriosamente antes de assumir o trono de Adenista.

Naquela peregrinação em especial, não estavam apenas os servos dos deuses. Como muitos gostavam do futuro rei, aquela peregrinação havia carregado todo tipo de cidadão para entregar o corpo e o espírito do rei ao mar violeta para que ele retornasse e pudesse enfim guiá-los à glória. Mas diante do ocorrido tiveram de empalar o regente para que o pudessem fazer após a fúria da natureza, o que não ocorreu, pois enquanto estavam abrigados nas montanhas esperando pelo fim das inundações e tempestades de areia severas, seu corpo foi sendo consumido pela própria natureza e assim sepultado nas montanhas. Os peregrinos perdidos se recusaram a abandoná-lo, se aprisionando às terras que abrigou seu rei. Não tido sido entregue ao mar violeta, houve a crença de que agora seu espírito residia naquelas montanhas, sendo o desejo dos deuses que eles habitassem ali.

Mais tarde, os exploradores e servos dos deuses que fugiam de Otrokar passaram a se juntar aos peregrinos de Roderim, já que não eram aceito em Adenista por causa do Édito aos Exilados - um acordo feito entre os regentes de Adenista e Otrokar, onde Adenista não receberia os fugitivos de Otrokar, em troca de recursos por proibir a entrada e, ainda mais recompensas, se trazê-los de volta para serem punidos.

Linhagens

Guiados pelo espírito de Roderim, otrokanos e adenistas adentraram cada vez mais fundo nas montanhas, misturando culturas, experiências e conhecimento para fundar a cidade-caverna de Roderim.

A recém-formada cidade-caverna de Roderim, no entanto, não desfrutava das mesmas riquezas que Adenista e Otrokar. Desprovida das extensas minas, das bestas domesticáveis e das florestas generosas, Roderim enfrentava um duro teste de sobrevivência. Os adenistas, acostumados com os desafios, perseveraram. Os otrokanos, menos habituados à adversidade, acabaram em uma posição subalterna. Surgiu, então, uma divisão social baseada em linhagens: adenistas mantiveram o direito ao trono, enquanto os otrokanos foram relegados à condição de submissos.

Mercado Central

O Mercado Central de Roderim é, como em Adenista, o pulsante coração econômico da cidade-caverna. Onde, os sons de mercadores gritando suas ofertas e o burburinho das negociações ecoam entre as paredes esculpidas da montanha, criando uma atmosfera vibrante e cativante.

O centro do salão é reservado para bancas de serviços e produtos, com uma miríade de itens à disposição dos visitantes. Em uma simbiose de estruturas naturais e artificiais, as bancas e lojas se alinham, vendendo desde itens alimentares cultivados nas estufas subterrâneas até minuciosas peças de cerâmica produzidas pelas habilidosas mãos dos artesãos das comunidades reais.

Sem poder cumprir o rito de domesticação das quimeras, Roderim expandiu os salões de seus mercados centrais, dando espaço para que criadores de quimeras as comercializassem. Nas paredes do mercado, escadas esculpidas internamente conduzem os visitantes aos nichos que abrigam as quimeras. Este design único, que difere de Adenista, foi projetado para preservar a visão do esplêndido teto do mercado: uma cúpula adornada com mosaicos, contando a história de Roderim.

A economia de Roderim é uma tapeçaria tecida com a expertise de suas comunidades distintas. As comunidades reais, descendentes dos habitantes de Adenista, dominam a mineração e a produção de cerâmica, infundindo cor e vida à cidade de pedra com suas criações vibrantes. Em contraste, as comunidades bastardas, originárias da linhagem de Otrokar, tornaram-se exportadoras de conhecimento, ensinando nas escolas das comunidades reais e trocando sabedoria por sustento.

Próteses

Uma notável ascensão no comércio de Roderim tem sido a explosiva demanda por próteses após a expulsão da Enantia das terras de Mazarot.

Com a abundância das pedras adenistas em Mazarot e o império da Enantia se expandindo por essas áreas, os continentes de Aesmite e Mazarot estreitaram laços trocando tecnologias para expulsar a Enantia, o que colocou nas mãos de Mazarot os exoesqueletos.

A habilidade mecânica dos adenistas, quando combinada com o conhecimento profundo da natureza humana e das ciências naturais dos otrokanos, deu origem a um mercado florescente de próteses. Inicialmente desenvolvidos para os exploradores que perdiam membros em missões, a tecnologia dos exoesqueletos de Aesmite, aplicada a próteses por Roderim, logo encontraram uma vasta gama de aplicações, desde aprimoramento de habilidades físicas a auxílio em tarefas diárias.

Essas inovações mecânicas e biomecânicas logo ganharam força no mercado, tornando-se não apenas uma marca registrada do comércio de Roderim, mas também um símbolo de sua capacidade de transformar adversidade em oportunidade. Em meio ao comércio vibrante e diversificado do Mercado Central, as lojas que vendem essas próteses inovadoras se destacam como um testemunho da engenhosidade e resiliência de Roderim.

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